segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Para os alunos que seguiram a minha indicação e leram o texto "O fazedor de velhos" de Rodrigo Lacerda, estou disponibilizando este teste. Assim, responda as questões abaixo, considerando a obra em questão. Só lembrando, o texto ainda está na Loja "Pintando o 7". 

Para obter o resultado do teste, entre em contato:
Facebook: https://www.facebook.com/amandaroberta.sanchezcampos
e-mail: profamandaroberta@hotmail.com

Boa sorte!

  1. Quem escreveu o livro “O fazedor de Velhos”?
(       ) Lygia Bojunga (       ) Monteiro Lobato (       ) Rodrigo Lacerda (       ) Diego Lacerda

  1. Quem é a personagem principal no livro?
(            ) Ana Paula (           ) Mayumi (            ) Professor Nabuco (           ) Pedro

  1. Quem incentivava Pedro a fazer suas leituras?
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  1. Tendo lido o livro execute a atividade a seguir. Utilize “V” para as sentenças que são verdadeira e “F” para as sentenças que são falsas.
(    ) I-Juca-Pirama de Gonçalves Dias conta a história de um guerreiro que não era nada corajoso e vivia envergonhando o próprio pai.
(    ) A história do Rei Lear de Willian Shakespeare conta sobre a tragédia que viveu uma família, em que o pai desprezava a única filha que verdadeiramente o amava.
(    ) O guarani de José de Alencar conta uma história de terror sobre monstros marítimos que assombravam os mares brasileiros.

  1. Coloque os acontecimentos em ordem da mesma maneira como se desenrola o conto.
(    ) O professor Azevedo apresenta a Pedro o professor Nabuco
(    ) Mayumi volta para a França
(    ) O professor Nabuco adoece e morre
(    ) Pedro se declara para Ana Paula
(    ) Um dia Pedro retorna a casa do professor e encontra Mayumi
(    ) Pedro inicia seus estudos sobre personagens
(    ) O tempo passa e Pedro se vê em dúvidas sobre a faculdade

  1. Você se identificou com o personagem em algum momento da leitura? Por quê?

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segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Crônica sem jabuticabas

Estava sentado no fundo do ônibus vazio. Dia ensolarado, trânsito livre, uma brisa amena e improvável lambia a cidade de São Paulo. Férias, dentro e fora de mim. Meus pensamentos iam tão soltos e distantes que já haviam rompido o fino fio que os ligava à minha cabeça: se me perguntassem por onde andavam, não saberia dizer. Foi então que surgiu diante de mim a idéia, nítida e apetitosa: jabuticaba. Há quanto tempo eu não comia uma jabuticaba?
Em poucos quarteirões, passei da distração à obsessão: tinha que comer jabuticabas. Fiquei lembrando da infância na fazenda de um amigo, tardes e tardes no pomar, a árvore cada vez mais branca e o chão cada vez mais preto com as dezenas de cascas espalhadas...
Desci do ônibus na frente de um supermercado. Entrei na enorme loja fazendo um discurso interno sobre as maravilhas da modernidade, todos aqueles itens à minha disposição, num único local: pasta de dentes, suco de caju, tampa de privada, moela de frango, pilhas alcalinas, bacias coloridas, maracujás... Morangos... Mangas... E as jabuticabas???
Pedi ajuda a um funcionário que passava por ali. Ele me olhou como se meu pedido fosse absurdo, uma excentricidade. Pegou então um radinho e, depois de um breve chiado, soltou: "ô Anderson, você sabe se a gente tem jabuticaba?". Do outro lado o tal do Anderson respondeu, depois de algum suspense: "Negativo, Jailson, negativo". Jailson olhou para mim, com certa consternação (não sei se calculada ou sincera) e repetiu, como se eu não tivesse ouvido: "Negativo, senhor".
Supermercado inútil, repleto de coisas inúteis, nenhuma delas jabuticaba. Saí. Andei alguns quarteirões, achei uma quitanda. Nada por ali também. "Você sabe se eu encontro em algum lugar por aqui? Sabe se é época? Se tem algum mês do ano, assim, que tem jabuticaba e outros que não tem?". "Olha moço, sei lá, comecei a trabalhar aqui anteontem..."

Fui para casa. Já mais movido pela birra que pelo desejo, vasculhei na internet as prateleiras de todas as redes de supermercados da cidade. Nada. Não havia, na quarta maior metrópole do mundo, na cidade mais rica da América do Sul, uma única, uma mísera jabuticaba. Se naquele exato momento eu quisesse comprar uma máquina industrial de lavar roupas, um quilo de maconha, um caminhão-pipa, sexo, pastilhas importadas para dor de garganta, três peixinhos dourado, sexo sadomasô, um DVD do Julio Iglesias cantando em Acapulco, eu poderia. Mas não queria. Queria jabuticabas.
Naquele instante, o homem ter ido à Lua. Ter clonado uma ovelha, pintado a Capela Cistina, inventado a penicilina, o avião, a pipoca de microondas e todas outras conquistas da civilização... não me valiam de nada, na monumental e incontornável ausência da jabuticaba.

                                                                           



                                                                           Antônio Prata 

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Olá alunos!

Para o mês de Outubro separei uma lista de filmes inspirados na Literatura Universal. Aqui foram reunidos os filmes baseados em grandes obras literárias escritas por autores renomados e devidamente consagrados. É interessante lembrar, que ao fazer esta lista eu estava mais preocupada com as aulas de Língua Inglesa, portanto, não abordei nenhum clássico da literatura brasileira. Esta tarefa ficará pendente como matéria a ser publicada no blog em outro momento. Assim, os filmes abaixo podem auxiliar em seus estudos literários ou de outra ordem, trazendo uma atmosfera próxima ao contexto social e histórico, em que os textos originais foram produzidos. Ao lado de cada filme, estão entre parênteses o título da obra original e seu autor.

1 - Os fantasmas de Scrooge (baseado em Christmas Carol de Charles Dickens)

2 – Os contos de Cantuária (baseado em The Canterbury Tales de Geoffrey Chaucer)

3 – Orgulho e Preconceito (baseado em Pride and Prejudice de Jane Austen)

4 – Razão e Sensibilidade (baseado em Sense e Sensibility de Jane Austen)

5 – Persuazão (baseado em Persuasion de Jane Austen)

6 – As patricinhas de Beverly Hills (baseado em Emma de Jane Austen)

7 – 10 Coisas que eu odeio em você (baseado em 10 things I hate about you de William Shakespeare)

8 – Segundas Intenções (baseado em Les Liaisons dangereuses de Choderlos de Laclos)

9 – O grande Gatsby (baseado em O grande Gatsby de F. Scott Fitzgerald)

10 – O morro dos ventos uivantes (baseado em Wuthering Heights de Emily Bronthë)

11 – O Conde de Monte Cristo (basdeado em O Conde de Monte Cristo de Alexandre Dumas)

12 – Madame Bovary (baseado em Madame Bovary de Gustave Flaubert)

13 – Alice no país das maravilhas (baseado em Alice no país das maravilhas de Lewis Carol)

14 – O retrato de Dorian Gray (baseado em O retrato de Dorian Gray de Oscar Wild)

15 – Drácula (baseado em Drácula de Bram Stoker)


16 – Frankenstein (baseado em Frankenstein de Mary Shelley)

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Não é da área de Letras, mas nutre um desejo voráz pela boa leitura?!!!!

Ora, não se preocupe, os bons livros também são histórias inventadas, imaginadas e servem para satisfazer as necessidades de ficção de qualquer leitor. Assim, se você está cursando uma área de seu interesse e pretende seguir uma determinada profissão, ou se ainda não está cursando nada, mas tem em mente o que pretende fazer da vida como profissional, é com muito prazer que venho informar que selecionei alguns textos literários voltados para as mais diversas áreas de atuação profissional. Então, mesmo que você ainda não saiba exatamente para qual área pretende enveredar, sinta-se convidado a se deliciar com os títulos recomendados por mim, a fim de revelar as nuances de cada uma das profissões. É importante lembrar, que nesta lista estou considerando os temas e os próprios fatos narrados para o direcionamento da obra aos cursos e áreas em questão.

Boa leitura!


O processo (Franz Kafka) – Direito, Letras, Comunicação, Artes.

A Metamorfose (Franz Kafka) – Direito, Letras,Comunicação, Artes.

A morte de Ivan Ilitch (Liev Tolstói) – Farmácia, Medicina, Biologia, Letras.

Cem anos de solidão (Gabriel García Márquez) – Teologia, Filosofia, Letras, Artes.

Grande Sertão: Veredas (João Guimarães Rosa) – Sociologia, Pedagogia, Letras, Comunicação, Artes.

Lolita (Vladimir Nabokov) – Assistência Social, Pedagogia, Letras, Comunicação, Artes.

O apanhador no campo de Centeio (Jerome David Salinger) – Assistência social, Sociologia, Pedagogia, Letras, Comunicação, Artes.

Lavoura Arcaica (Raduan Nassar) – Assistência social, Sociologia, Pedagogia, Letras, Comunicação, Artes.

Dom Casmurro (Machado de Assis) – Direito, Sociologia, Letras, Comunicação, Artes.

Memórias Póstumas de Brás Cubas (Machado de Assis) – Filosofia, Teologia, Letras, Artes.

Quincas Borba (Machado de Assis) – Filosofia, Teologia, Letras, Artes.

O Crime do Padre Amaro (Eça de Queirós) – Filosofia, Teologia, Letras, Artes.

Madame Bovary (Gustave Flaubert) – Direito, Letras, Sociologia, Comunicação, Artes.

O Cortiço (Aluísio Azevedo) – Letras, Comunicação, Artes, Biologia, Sociologia.



quarta-feira, 16 de setembro de 2015


Os alunos do 6º Ano estudaram as características e objetivos dos gêneros textuais: anúncio publicitário e anúncio comercial. Como produção final das aulas e atividades realizadas durante o bimestre, solicitei aos pequenos que produzissem seus próprios anúncios. O conhecimento foi definitivamente aprendido, de forma que podemos observar pelas produções, que os alunos sabem mesmo conquistar e convencer seus consumidores! 
























segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Caros alunos, 

Segue o livro "O Fazedor de Velhos" de Rodrigo Lacerda em pdf. Clique no botão para fazer o download.


Boa leitura!







quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Olá alunos!

Sintam-se convidados a visitarem este blog sempre que quiserem.

          Hoje separei algumas imagens, para que vejam como o processo de leitura e construção de sentido é complexo e envolve uma gama de fatores aos quais devemos prestar atenção.
         Como sabemos, o texto é uma unidade de sentido e pode se dar na forma falada, escrita ou por meio de imagens. Ele ainda pode ser o resultado da junção de figuras e escrita, de forma que é preciso estabelecer relações entre elas para que possamos interpretar.
         É importante ressaltar que para a compreensão global de um texto, devemos considerar os conhecimentos linguísticos e a cultura do leitor, além das intenções do autor, já que o texto é a manifestação linguística das ideias daquele que escreve.

           Observe as imagens abaixo e teça comentários sobre elas. Ouça o que o professor tem a dizer e anote no caderno tudo o que for necessário.


(Obs. Clique na imagem para ampliá-la)


























terça-feira, 11 de agosto de 2015


Uma Análise sobre o Causo de Maria Mutema presente em Grande Sertão: Veredas de João Guimarães Rosa

Caro Aluno, boa noite!

Sinta-se convidado a acessar este blog sempre que for de sua vontade ou simples curiosidade.

          A postagem desta noite é uma sequência da publicação do dia 10/08/2015, em que incluí no blog uma Análise sobre Vestido de Noiva, uma peça teatral escrita e publicada por Nelson Rodrigues. Se você acompanha o nosso blog, então deve saber que essa análise é o resultado de uma avaliação que me foi aplicada enquanto eu ainda cursava o 4º ano de Letras. Então, para dar continuidade aos nossos estudos e retomadas de conteúdo, seguirei tecendo comentários sobre o Causo de Maria Mutema, presente em Grande Sertão: Veredas de João Guimarães Rosa, que também foi uma das questões presentes na minha prova.

          O Causo de Maria Mutema é apenas mais um dentre os inúmeros causos narrados em O Grande Sertão: Veredas de João Guimarães Rosa, que conta a história de uma mulher que matou o próprio marido, aparentemente sem motivo algum e que depois, passou a frequentar a igreja regularmente.
Maria Mutema também fez com que o padre da igreja acreditasse que ela havia matado o marido por amor a ele (o padre). Desta forma, o pobre homem se atormenta tanto com a culpa e o temor a Deus, que também acaba morrendo de desgosto.
          Outro padre chega para assumir a igreja e logo sente, que Maria Mutema carregava consigo um pecado muito forte, com o qual, dois defuntos estavam envolvidos. Assim, o ele encaminha Maria Mutema para o cemitério e lá, ela se arrepende verdadeiramente e a partir disso, passa toda a sua vida orando e se arrependendo e de acordo com a narrativa, para alguns, Maria Mutema até virou santa.
Esse causo exemplifica os questionamentos de Riobaldo sobre a existência e também sobre o mal. (Se você, leitor do nosso blog, não sabe ou não se lembra, Riobaldo é o narrador-protagonista de Grande Sertão: Veredas, um jagunço!)


           Riobaldo é um grande questionador, pois possui uma sede quase insaciável de entender a vida e tudo a cerca dela. São os questionamentos de Riobaldo em torno do bem e do mal, além da curiosidade sobre a razão pela qual algumas pessoas se sentem inclinadas a fazer o mal sem motivos que tornam esta obra interativa, provocando no leitor a necessidade de interagir com o texto, seja levantando hipóteses ou inferindo respostas plausíveis.
           Analisando a linguagem empregada no texto, podemos dizer que a ambiguidade é uma marca presente na narrativa desde o início até o fim. Assim, para Rosenfield, a metáfora da travessia confere maior sentido ao texto, de forma que essa travessia se dá na construção de um espaço físico geográfico criado a partir da cadência e da perfeita seleção das palavras, que criam uma certa musicalidade, representando o universo mágico criado por Guimarães Rosa. Desta forma, realizar a travessia proposta no enredo significa perceber a complexidade do espaço geográfico e decifrar a linguagem poética empregada na obra.
           A ambiguidade também está presente na construção dos personagens que ora são maus e ora são bons, assim como todo ser humano, os personagens também precisam encontra dentro de si o seu próprio sertão. Neste sentido, vale lembrar que nada no livro é dito ou afirmado, mas deve ser subentendido durante a leitura, já que é justamente a incerteza e a dúvida que sustentam a narrativa do princípio ao fim.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

        

Uma análise sobre Vestido de Noiva de Nelson  Rodrigues

      Olá visitante, seguidor, curioso... seja o que você for... sinta-se convidado a acessar este blog sempre que for de sua vontade.



    Hoje venho por meio desta publicação sanar a sua curiosidade e testar as minhas habilidades de escrita e conhecimento teórico em torno da literatura brasileira.

           Pela manhã tive a brilhante ideia de fuçar nas gavetas e por acaso encontrei o que seria o material ideal para esta postagem. Encontrei em meio aos meus pertences uma avaliação de Literatura Brasileira realizada no dia 09/09/2013, em que felizmente fui muito bem. Desta forma, logo senti vontade de escrever e comentar sobre o conteúdo da prova.

           Eu cursava o 4º ano e nos foi aplicado um teste, em que deveríamos tecer comentários sobre os conteúdos: "a poesia de João Cabral de Melo Neto; a poesia concreta; e Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues. Como podíamos escolher na primeira parte da prova a questão que iríamos responder, dentre as que estavam lá, escolhi comentar sobre a presença dos três planos (da alucinação, da memória, da realidade) em Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues, ressaltando o que predomina em cada um e como eles se relacionam na construção da peça.

            Então, atendendo a proposta acima, podemos dizer que a obra "Vestido de Noiva" de Nelson Rodrigues marca o início do teatro moderno no Brasil, pelo trato com a linguagem e sua forma inovadora, causando muita polêmica e grande revolução no cenário teatral brasileiro.
            A obra de Nelson Rodrigues é revolucionária e se destaca tanto pelo uso da linguagem, como também pelo fato de situar a peça e todos os fatos narrados no plano pscicológico da consciência e subconsciência da personagem Alaíde.
            Pode-se dizer que a obra se concretiza por meio de três planos: o da Alucinação. Da Memória e também o da Realidade. Todos esses planos se intercalam e se sobrepõem uns aos outros da mesma forma como se dão os pensamentos e a memória de Alaíde, construindo o espaço, no qual a narrativa se desenrola. Não há uma linearidade propriamente dita, pois o teatro segue assim como se dá o fluxo de consciência da personagem.
            No plano da Realidade, podemos ver que Alaíde está passando por um processo de mortificação, em estado de delírio. Assim, todos os fatos narrados acontecem na cabeça de Alaíde, que possui neste momento, uma mente em estado de desagregação. De acordo com o enredo, no plano da Realidade temos Alaíde sendo atropelada e no da Alucinação temos o encontro entre Alaíde e Madame Clessi. Já no plano da Memória, podemos observar as memórias de Alaíde que são fragmentadas.
          O enredo desta peça se desenvolve por meio da intercalação destes planos. É este manuseio atípico da ação que torna o “Vestido de Noiva” de Nelson Rodrigues, uma peça altamente inovadora para a dramaturgia nacional.
Alaíde é aquela mulher que quer se reafirmar como mulher, roubando os namorados da irmã. É claramente notável a fragilidade desta personagem em realação aos ideias da época. Podemos dizer que Alaíde é bastante imatura e insegura e suas atitudes funcionam como uma válvula de escape da solidão e do vazio interior criado pela própria personagem. 
          Durante a peça, notamos que Alaíde é constantemente atormentada pela culpa e toda a repressão feminina da época torna ainda mais densa essa culpa que a personagem sente, pois naquele tempo a mulher só poderia atingir o sexo apenas sob duas formas, ou pelo casamento, ou pela prostituição. Diante disso, entendemos que para Alaíde o maior modelo de liberdade e transgressão se dá na figura de Madame Clessi, uma antiga prostituta de luxo, em quem Alaíde se espelha.
          Diante da complexidade do enredo, que se ocupa de mostrar as mazelas humanas, podemos dizer que o teatro de Nelson Rodrigues é altamente desafiador por não apresentar uma solução ao leitor ou espectador, mas ao contrário, esta obra provoca a serenidade do seu destinatário e o desestabiliza, ao passo que o obriga a prestar participação, pois a genealidade desta obra está no fato de ela ser interativa, ao passo que para se chegar a qualquer conclusão é necessário aceitar o desafio proposto pelo autor, decifrando o que propõe cada plano da consciência de Alaíde e preenchendo cada lacuna apresentada no texto com as próprias concepções e experiências de vida, já que esta é uma narrativa aberta e de cunho psicológico.






     

quarta-feira, 6 de maio de 2015


                 Selecionei alguns vídeos para auxiliar nos estudos sobre as classes gramaticais e análise sintática. Os vídeos mostram aulas ministradas pelo professor Devid Xavier, que é formado em Letras (Português-Literatura) e possui vasto conhecimento sobre o meio dos concursos públicos. Como professora, assisti os vídeos, analisei e não só aprovo o seu conteúdo, como também recomendo para todos aqueles que estiverem interessados em aprimorar o seu conhecimento linguístico.

terça-feira, 5 de maio de 2015



Os vídeos acima, foram feitos com base na obra Formação Linguística do Brasil de Paulo Beazorti Filho, e possuem como objetivo, auxiliar os estudantes no entendimento do processo de transformação do Latim e formação da Língua Portuguesa. 

Aproveito para dizer que estou inteiramente disponível para responder eventuais dúvidas sobre o assunto.


terça-feira, 14 de abril de 2015

Língua Portuguesa

Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...
Amote assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
Em que da voz materna ouvi: "meu filho!"
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!

Olavo Bilac (1865 - 1918)

       O poema acima foi escrito por Olavo Bilac e assim como faz sugerir o poeta, podemos averiguar por meio da história, que de fato a Língua Portuguesa foi a última língua neolatina formada a partir do Latim vulgar, portanto a última flor do Lácio). 
     Como sabemos, a língua é extremamente flexível, sofrendo diversas mudanças ao longo dos anos, enquanto é falada pelos povos de uma determinada comunidade. Desta forma, uma língua só estará fadada a morrer, quando não mais houver os seus falantes. 
          Olavo Bilac se refere a este fenômeno da língua, quando cria o paradóxo: És, a um tempo, esplendor e sepultura". Esse trecho do poema, evidencia fatos históricos irreversíveis, pois se de um lado é um esplendor o nascimento de mais uma língua neolatina, por outro, estamos diante de uma sepultura, já que o Latim encontra a sua morte na expansão da Língua Portuguesa.
      Este poema serve para mostrar que a língua é flexível e pode sofrer diversas alterações, adaptando-se para sanar as necessidades de seus falantes. É o veículo pelo qual ocorrem as interações humanas. Toda  comunicação se dá por meio dela. E é também por meio da língua que podemos alçar asas em busca do domínio e da libertação, pois devemos lembrar que foi por meio da disseminação da língua que os portugueses conseguiram dar continuidade à colonização.  
            

           Abrindo o blog... kkk
              Acredito que o poema escolhido para hoje, seja bastante propício, para iniciar uma discussão ou ao menos provocar uma pequena vontade de saber mais sobre a língua, pois este é um blog destinado primeiramente aos meus alunos da rede básica de ensino, e depois para todos aqueles que se interessam pela língua, pela literatura, política, história da educação, etc. 
            Aproveito para reiterar que sempre que possível estarei discutindo, textos, tirando dúvidas, dando dicas sobre os mais variados temas da esfera da educação.